Advocacia: mais uma profissão no mercado ou uma vocação?

Esse artigo vai tratar de um assunto um pouco delicado para nós advogados. É sobre o motivo que nos fez decidir advogar. Ou seja, qual o contexto fático em que isso se deu, quem nos influenciou, quais foram as crenças nas quais nos baseamos para escolher essa profissão. Enfim, o que se deseja é buscar alguns elementos que foram fundamentais para nossa decisão de advogar.

  1. Advocacia em transição: as mudanças na profissão

Estamos no exato olho do furação. Vivemos um desaparecimento do modo tradicional de advogar. E vemos, assim, nascer um novo jeito. Em épocas de transição na advocacia, com um todo, então, temos que compreender cada vez mais os motivos dessa transição. Isto significa observar também as necessidades do mercado e, mais, os sinais que nos revelam para onde vamos.

Os motivos que abalam o cenário de atuação do advogado são diversos. Podem decorrer de mudanças políticas, sociais, econômicas, que repercutem diretamente na elaboração das normas jurídicas, concretização e modificação de direitos consolidados, tecnologia, como se adaptar a ela. Mas também podem chegar até as ondulações do pensamento jurídico dos Tribunais, que navega entre o deferimento de direito e, muitas vezes, restrições.

Inteligência Artificial, Advocacia 4.0 e Software Jurídico. Essas palavras rondam o imaginário do advogado moderno e aparecem em muitas previsões sobre o futuro da advocacia. Os robôs vão roubar os empregos dos juristas? A justiça do futuro vai ser totalmente virtual? As especulações são muitas e de tanto tentar enxergar anos à frente, acabamos não percebendo que o futuro da advocacia, na verdade, é agora!

Pensa com a gente: nos últimos anos vimos o avanço da tecnológico e a chegada de jovens advogados ao mercado acelerar bastante a modernização do setor. Processos e peticionamentos eletrônicos, intimações enviadas por WhatsApp e o surgimento de vários softwares e aplicativos são acontecimentos recentes que impactam o presente e dá rumo para o futuro da profissão. Mas a evolução não para – e nem vai parar – por ai!

  1. Como o novo cenário afeta o advogado?

As oscilações no pensamento jurídico causam insegurança principalmente ao advogado que não consegue passar segurança ao seu cliente dos resultados de uma demanda, por mais “óbvia” que seja. Isto é, por melhor que o direito dele(a) seja, ou maior a sua probabilidade, o repasse dessa confiança é dificultado.

Há duas décadas, esse cenário era outro. O advogado fazia uma avaliação da demanda, a partir da análise do direito em si, da probabilidade de êxito no Tribunal em que atua, no âmbito federal e, assim, concluía o diagnóstico do caso, ou seja, definia o tipo de procedimento a adotar. E muitas vezes, cobrava apenas no êxito, pois sabia antecipadamente e de forma segura as chances desse resultado.

O mundo digital está eliminando a advocacia de repetição. Os profissionais realmente preparados e com conhecimento avançado terão muito mais trabalho e poderão crescer profissionalmente e os que atuam somente com ações repetidas e sem individualizações, sem teses jurídicas, sem adaptações perderão espaço para as legaltech e lawtechs – Companhias inovadoras que investem em tecnologia ligado ao ambiente jurídico.

Invista em conhecimento aprofundado e destaque das pessoas que possuem somente informações e conhecimento raso. O conhecimento avançado é o maior diferencial competitivo.

Considere essas tendências e desenvolva competências comportamentais. Assim, você conseguirá estabelecer um percurso mais fluido nos próximos anos, com base na inovação e nas facilidades disponíveis no mercado, conseguindo se manter competitivo.

  1. Um novo perfil de profissão no mercado jurídico

O perfil conservador e formal, já há muito tempo conhecido, do profissional jurídico, está com os dias contados. O contexto atual insere a figura jurídica como essencial aos negócios e figura fundamental para a tomada de decisões tanto na esfera particular quanto na esfera empresarial.

Busca-se um maior aperfeiçoamento na área, com profissionais que tenham maior abertura a visão sistemática do negócio, englobando diversos domínios, como o administrativo, financeiro e tecnológico e de recursos humanos, pois cabe também ao líder jurídico a gestão de pessoas, técnicas e habilidades financeiras, planejamento, orçamento, redução de custos, alta performance, comunicação integrada, ou seja, requer a figura de um advogado empreendedor.

Estamos diante de uma nova vertente da atividade jurídica. Os grandes e pequenos negócios requerem a avaliação das implicações jurídicas no core business de cada cliente específico. O profissional do direito deve ampliar a sua visão para o conhecimento detalhado do negócio, do mercado correspondente, do modelo econômico e da atividade tecnológica necessária.

Além da mudança acima, pode-se incluir também outras. É o caso, por exemplo, da forma de captação da clientela, que hoje denominamos mais legitimamente de prospecção. A escolha da área de atuação, também, já não se dá por simples paixão, mas sim por uma análise mais estratégica de mercado jurídico, alinhando com suas habilidades principais. A estruturação do escritório de advocacia em grandes estruturas são caras e estão em declínio.

A organização e sistematização dos processos e procedimentos do escritório também sofreu alterações. um exemplo é o armazenamento dos documentos e processos que é mais virtual, em nuvem, do que físico. A própria credibilidade do advogado também refletiu no perfil da advocacia. Isto porque a sua credibilidade foi questionada diante de tantos profissionais envolvidos em corrupção e desonestidade de um modo geral a criar desconfiança na qualidade da nossa atuação.

Esses e outros fatores nos levam, advogados e advogadas, a uma atuação cada vez mais extrajudicial, consultiva e de assessoramento, na gestão e prevenção de conflitos, agregando nossos valores para a advocacia. Quanto mais rápida, efetiva e autônoma, sendo a demanda de direito disponível, for a resolução do conflito, mais efetiva e valorizada a atuação do advogado.

  1. Vocação versus ambição

Nesse contexto, é importante se perguntar se realmente você exerce a advocacia por vocação ou seja, se a busca pela justiça é um objetivo realmente seu, pelo qual sua alma vibra e você o faz com amor e dedicação, ou se você abraçou a profissão pela possibilidade de ganho, status social, influencia ou tradição família etc.

Se foi por vocação, certamente, o advogado sobreviverá aos ciclos da profissão, em especial a esse em que atualmente estamos atravessando, porque o estado vocacional vibra no interior do indivíduo e faz com ele, por amor à causa, a função maior da advocacia, lute por melhoras, capacitando-se e se desenvolvendo, inclusive esse estado imanente de motivação por vocação faz o advogado encher além dos obstáculos e criar oportunidades.

Então, a sua advocacia é mais uma profissão ou se trata de sua vocação?

Ser vocacionado é um valioso combustível para impulsionar sua advocacia!

Investigue esse porquê dentro de você, colega, responda a essa pergunta de forma verdadeira e saiba como reconstruir a sua advocacia, como atravessar com segurança e performance esse período que anuncia novas formas de trabalharmos com o Direito, concretizando com mais profundidade a função social da nossa profissão: realizar o Direito no caso concreto, garantindo meios equilibrados de defesa dos direitos dos nossos clientes.

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