Como ter times de alta performance no seu escritório de advocacia
Team building são metodologias e técnicas utilizadas em gestão de pessoas para construir equipes de alto desempenho, afetividade e impacto. O processo envolve, além de cursos e mentorias, práticas individualizadas e focadas em comportamento, com vistas a englobar o desempenho e o desenvolvimento do colaborador como um todo.
Um time dos sonhos de advogados
Na advocacia, o sucesso de um escritório está atrelado ao desempenho da banca em orquestrar pessoas, processos e ferramentas para manejar a legislação de modo a gerar muito valor a seus clientes. A pressão dos concorrentes exige que equipes e organizações sejam produtivas. A produtividade é quantificada diariamente através de metas estabelecidas e objetivos atingidos, a performance da equipe tem se tornado determinante parar gerar resultados sustentáveis. Por isso, o conceito de team building tem ganhado a gestão de pessoas nos escritórios de advocacia.
A ideia de team building é simples: são ações que visam construir uma equipe de alto desempenho, afetividade e impacto. Até aí, nada de novo. Isso se faz em organizações desde sempre. basta pensarmos nas mentorias, cursos e demais especializações – já habituais no ambiente organizacional. Só que o team building vai um pouco além. Pois, para levar a resultados, apela a táticas bastante individualizadas e voltadas a atingir o comportamento.
No team building são desenvolvidos o espírito de equipe, a comunicação, o planejamento, a organização, a liderança, o desempenho, a excelência e o relacionamento intra e interpessoal, através de exercícios, simulações complexas de problemas, jogos de negócio, dinâmicas em grupo e retiros.
Agora, se por um lado, tudo isso faz muito sentido para qualquer leitor, por outro trilhar o caminho do team building não é tão simples. Até porque, se fosse, todos seguiriam pra ele e tirariam grandes proveitos – o que não é o caso. Muito pelo contrário, eu diria. Ações de team building, não raro, não surtem os efeitos esperados, sendo um investimento inócuo.
Por isso, reunimos 6 pontos a considerar para começar o team building na advocacia.
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Busque a diversidade no team building: equipes heterogêneas inovam
A Nubank, tem apenas 7 anos, mas já é considerada um decacórnio. Esse sucesso meteórico tem várias explicações, mas uma delas é a quebra de paradigmas consolidados no mercado financeiro. Como o dos times.
Na fintech a formação dos times é extremamente diversa. De seus 1.600 profissionais, de 25 nacionalidades, 30% são LGBTQI+. David Vélez, um dos CEOs da empresa, não tem dúvidas de que a diversidade no team building tem impactos positivos:
” A diversidade é a chave da inovação. Você não consegue inovar com uma equipe só de homens, em que todo mundo fez a mesma faculdade e se veste igual. “
E ele não está sozinho. Estudo da McKinsey mostra que organizações com maiores índices de diversidade tem até 33% mais chances de lucrar acima das médias das outras.
Agora, vamos para o universo da advocacia e dos escritórios. Fazemos a mesma faculdade, nos vestimos igualmente. E mais: somos impactados por dados como o de que, em todo o Brasil, há apenas 1% de negros em escritórios de advocacia ou de que, embora mais numerosas em escritórios, as mulheres ainda enfrentam dificuldades de chegar à liderança.
Tudo bem, você não é responsável por tais problemas, individualmente. Mas, à luz do que vimos, você certamente é afetado por eles. Menos diversos, os escritórios perdem em inovação, criatividade e desenvolvimento. E se o cenário é geral, perceber isso e, com pioneirismo, fazer o que os outros não fazem, pode ser um diferencial do seu escritório.
Então, o team building começa na contratação. Para aproveitar todo o repertório de conhecimentos advindos das mais distintas vivências, o processo seletivo tem que ser sem preconceitos, transparente e baseado em competências. Mas, após a contratação, o team building continua. É o que veremos no segundo ponto.
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Construa um ambiente de trabalho seguro
Que um bom ambiente de trabalho é importante para o funcionamento de qualquer empresa, você já sabe, mas o que se encaixa nessa definição?
Em resumo, a primeira noção que se deve ter em mente é que um local de trabalho saudável é aquele que contribui para que os seus colaboradores deem o seu melhor e consigam produzir e alcançar bons resultados.
Mas, muito mais do que sofás para descanso, cadeiras ergonômicas, decoração lúdica e estimulante e bons equipamentos, um ambiente de trabalho ideal deve se adequar aos colaboradores que você tem, Ou seja, cada equipe demanda um local diferente para produzir mais e se desenvolver profissionalmente.
Por isso, a segurança no ambiente de trabalho é fator determinante do team building. O que isso significa para o colaborador? Várias coisas.
Em primeiro lugar, que ele tem um plano de benefícios assegurado e inquestionável. Depois, que ele tem as condições e ferramentas adequadas para realizar suas atividades e, ainda, que terá espaço para exercê-la com autonomia e respeito. E ainda, que ele é ouvido, reconhecido pelos seus resultados e poderá vislumbrar oportunidades futuras na carreira.
Tudo isso, além de ser fonte de uma segurança objetiva, oferece acolhimento emocional e bem-estar. Mas, além disso, seus processos tem que ser simples.
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Tenha uma gestão de processos simples
Por que a gestão de processos tem a ver com o team building? Pois, quanto mais burocrática e complexa, mais chance de não ser seguida. E, se uma etapa foi quebrada uma vez, a probabilidade de ela voltar a ser quebrada é maior ainda. E se você sabe o que isso acarreta: erros, ineficiência e desmotivação. Por isso, sim, os processos de uma organização são determinantes para o rendimento do time.
Hoje, nenhuma organização pode prescindir de realizar esforços para aprimorar seu desempenho operacional. Na advocacia de gestão para escritórios, como o AJUS, levam a simplicidade e a eficiência operacionais a patamares inimagináveis tempos atrás.
Por exemplo, só com um software jurídico como o AJUS o retorno do investimento em produtividade gira em torno de 20 horas de trabalho a menos por mês para cada colaborador.
Há, ainda, outras ferramentas para simplificar a gestão do escritório de advocacia. Metodologias ágeis, estruturadas num planejamento estratégico, são ações que podem gerar alto impacto em produtividade e efetividade no time, com baixo custo de implementação.
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Dê um propósito para o trabalho do time
Encontrar um propósito na vida é algo que nos faz sentir mais engajados de forma geral. Afinal, o propósito atribui um sentido à nossa rotina e nos dá um motivo para seguirmos em frente.
O propósito, no entanto, não precisa ser nada grandioso. Tampouco, estar relacionado à ambição de mudar todo o mundo. No entrando, precisa fazer sentido em nosso mundo. Assim, ele passa a funcionar como direcionamento para nossas decisões e nossa jornada.
Dito isso, toda organização nasce – e cresce – para realizar um propósito. No começo, ele está bastante atrelado às motivações de seus fundadores, aos sonhos que essa sociedade quer realizar.
Justamente por isso, o propósito difere da missão, da visão e dos valores. Ou melhor, ele sintetiza o que separamos nesses termos dentro da identidade organizacional. Então, envolve a proposta de valor, a visão de futuro e os meios pelos quais a empresa vai realizá-los.
Em suma, o propósito é a assertiva que responde a seguinte pergunta: por que eu ofereço meu serviço às pessoas? A resposta a elas não pode ser lucro ou sustentabilidade apenas, certo? Há um valor maior – e ele normalmente é intangível – envolvido nisso.
Por isso, o propósito tem a ver com a cultura da organização e com o legado que ela quer deixar para a sociedade em que se insere como um todo. Cada colaborador deve estar imbuído desse mesmo sentimento, e agir para realizá-lo.
Por isso, propósito, cultura e legado são fundamentais nas dinâmicas de team building. Mas quando se trata de realizar um propósito, não uma tarefa, a soma do todo é bem maior do que a das partes. E para isso, o escritório precisa de um time interrelacionado. Para ver o que isso significa.
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Tenha um time não um grupo de trabalho
Imagine o trabalho em uma linha fabril. Há muitos colaboradores, todos dividindo o mesmo espaço. Para que o produto saia perfeito no final, basta que cada um cumpra suas próprias tarefas: faça o seu, como dizemos, certo? Aliás, para isso, tais colaboradores sequer precisariam conversar entre si. Pois funcionam na base do comando-e-ação.
Em ambientes como esse, a soma das partes gera o todo. E se, por algum motivo, este não sai perfeito, então alguma parte errou. Isso significa que este time está conectado, mas não inter-relacionado. Em times inter-relacionados, como uma sociedade de advogados, a soma das partes não é igual ao todo. Este, na verdade, é maior que elas.
Um grande time, portanto, lida com a competitividade de maneira saudável, dialoga muito e opera na camaradagem mais ainda. Isso também significa atuar para além de suas meras responsabilidades. É preocupar-se com o sucesso dos demais e do que fazem. Há, portanto, um altruísmo inerente a todo o time. Mas também confiança. Isso é suposto de todos. É o que funda a organização.
Parece ótima toda essa química. Mas tenho uma má notícia. Skills de time não surgem do nada. Então entra o team building para tangibilizar o conceito de colaboração dentro da organização.
Informação pode ser uma arma ou uma moeda de troca, sobretudo quando se trata de usá-la dentro do trabalho. Todos sabem disso. Por isso, não é à toa que a confiança e a comunicação são os pontos mais difíceis de se desenvolver em um time. Mais: são uma espécie de teto de vidro de muitas estratégias de team building.
É muito fácil entender que elas são fundamentais. Não as ter dentro do escritório é um dos maiores fatores de perda de oportunidade. Por exemplo, quantos problemas surgem por falhas de comunicação? E quantas ideias simplesmente não surgem porque informações não são compartilhadas amplamente?
No entanto, não é tão fácil entender, objetivamente, por que elas melhoram os resultados de um time. Mais: não é fácil encontrar que tarefas específicas requerem esses ingredientes para trazer resultados.
De fato, trabalhar a confiança em ambientes inter-relacionados não é nada trivial. Por isso, o team building tem que estar fortemente atrelado a esse objetivo.
Team building
Como vimos, um team building é uma ferramenta de gestão de pessoas que envolve muitas variáveis para ter sucesso.
Mas quando elas são manejadas com maestria isso se reflete nos resultados.